Sofrer até ao fim

O Sporting empatou em Alvalade com o Setúbal, a duas bolas e deixou fugir o FC Porto, que venceu o Paços de Ferreira na Mata Real, estando agora a cinco pontos na classificação. Os leões não podem culpar ninguém por este desaire diante do seu público, pois pagaram os muitos erros cometidos, sobretudo na primeira parte em que, a partir dos dez minutos, se apagaram, deixando a iniciativa aos sadinos, que nunca perderam a oportunidade de subir no terreno e chegar à sua baliza. Numa dessas investidas, aos 41 minutos, Elias abriu o marcador e gelou Alvalade. Nem assim o Sporting acordou e no que faltava jogar da primeira parte pareceu conformado. No intervalo, Paulo Bento tirou o sueco Farnerud, sempre a mais no campo, alheado de tudo o que passava e fez entrar Romagnoli. Foi outra a equipa de Paulo Bento, pegou no jogo, fez tudo para chegar ao empate e teve a ajuda do árbitro Paulo Baptista, que assinalou uma grande penalidade inexistente, que João Moutinho converteria. Feito o empate, os homens de Paulo Bento continuaram a sufocar o Setúbal, mas falharam na concretização. Os sadinos defendiam-se com unhas e dentes e sem desistir de tentar chegar à baliza de Stojkovic. Numa dessas tentativas, aos 78 minutos, Matheus rematou, o guardião atirou-se ao chão e a bola bateu no relvado e passou-lhe por cima do corpo. A perder por 2-1, os leões fizeram o que se espera de um candidato ao título, procuraram chegar de novo à igualdade e conseguiram-no aos 86 minutos, a quatro, portanto, do tempo regulamentar. Sem se perceber muito bem porquê, pois não parece que alguma paragem prolongada o justificasse, o tempo de compensação foi de quatro minutos, que não chegaram para que os leões chegassem ao 3-2, mas iam chegando, já que oportunidades não faltaram.