Para dar melhor forma à época que prometeu ser a sua, Carlos Martins tem como objectivo subjacente à constância física e rendimento exigíveis manter lugar cativo no onze de Paulo Bento. O centrocampista começou a época na condição de titular e logo com aproveitamento positivo na árdua vitória sobre o Boavista, como quem quer vingar a irregularidade demonstrada nas últimas temporadas, nas quais não conseguiu mais do que realizar oito partidas oficiais consecutivas como titular dos leões. Tudo isto para quem, aos 24 anos, acabou de receber a primeira chamada à Selecção Nacional AA e efectuou diante dos axadrezados o seu primeiro jogo na íntegra ao cabo de 18 meses. 
Lançado por Augusto Inácio em 2000/01, o médio-ofensivo só duas temporadas depois surgiu como aposta no plantel principal, sob o comando de Boloni. No entanto, seria pouco utilizado (surgiu na equipa inicial num desafio de Taça diante do Estarreja) e acabou emprestado à Académica. De volta a Alvalade, Carlos Martins também não se impôs no conjunto já orientado por Fernando Santos, em 2003/04, sendo seis vezes titular nos 17 encontros em que tomou parte. Finalmente, com a chegada de José Peseiro ao banco leonino, o então camisola 5 verde e branco passou a ser mais assíduo na primeira linha de opções. Foi nesta época que Carlos Martins logrou a sua melhor sequência de sempre. À 19ª jornada, no empate caseiro com o Setúbal, o médio foi escalado para a turma inicial e aí se manteve para os sete desafios subsequentes, frente a Marítimo, Rio Ave, Leiria, Estoril e Belenenses, além dos embates da Taça UEFA com o Feyenoord.
Fustigado por lesões desde que ascendeu à categorial principal leonina, a que se adicionam alguns problemas do foro disciplinar, o potencial do hoje camisola 10 do Sporting jamais foi questionado. Consciente da importância que esta temporada configura a nível individual e colectivo, Carlos Martins precisa de constância para ultrapassar... a barreira dos oito jogos seguidos como titular.
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