Revelou-se ao universo do futebol no Campeonato do Mundo de sub-20 ganho pela Argentina em 2001. Ficou debaixo de olho dos principais clubes europeus mas permaneceu na Argentina. O Veracruz, do México, foi o destino seguinte. Em Janeiro de 2005, o Sporting garantiu-o por empréstimo de um ano e meio. Há um ano, toda a gente apostava que por esta altura já não estaria em Alvalade, pois o fraco desempenho levaria a que os leões dele abdicassem. Não estaria... mas está. E (quase) sempre em alta:
— A temporada passada e agora este início de época são os melhores momentos desde que cheguei ao Sporting. No primeiro ano não joguei muito, não tinha confiança e não estava bem. Agora sinto-me muito bem.
— Esta pré-época, quando regressou das férias, disse que estava em dívida para com o Sporting. Ainda pensa assim?
— Sim, porque sabia que o Sporting tem dificuldades financeiras. Fizeram um esforço para comprar o meu passe em definitivo, por 1,2 milhões de euros. Queria ficar aqui. No entanto, não é bem uma dívida, porque dou sempre o máximo para retribuir o esforço que o Sporting fez para me comprar.
— O seu rendimento actual também pode ter a ver com o facto de, agora, estar mais adaptado ao futebol português?
— Quando se muda de país e de ritmo de futebol precisa-se sempre de um período de adaptação. No mínimo, entre quatro a seis meses. Oitenta por cento dos jogadores que mudam de país precisam de adaptação. Eu precisei de mais tempo: entre oito meses a um ano. Não jogava muito, não estava bem física e mentalmente e depois quando faltavam só quatro meses fiquei mais tranquilo, tudo começou a correr bem.
— Em Janeiro esteve prestes a regressar ao San Lorenzo. Curiosamente, a partir daí começou a mostrar-se...
— Em Dezembro de 2006 falei com o meu representante e disse-lhe que queria sair porque não jogava muito. Havia a possibilidade do Getafe e do San Lorenzo. Não estava muito convencido em relação a esta última, porque não queria regressar à Argentina e esperava pelo Getafe. Só que os espanhóis apenas me queriam por empréstimo e o Veracruz queria vender-me. Decidi ficar no Sporting nos seis meses que faltavam para acabar o contrato e aí mudei a mentalidade. Fiquei mais tranquilo, senti-me melhor fisicamente e as coisas começaram a correr-me melhor.
Vivi um período complicado
— Em Portugal tardou em demonstrar o seu valor e foi criticado por isso. Na altura como reagiu?
— Foi difícil, porque tanto na Argentina como no México jogava sempre. Chegar a um clube, não jogar, às vezes nem sequer ser convocado, complica tudo. Passar por isto tudo estando fora do país, fora dos afectos, é ainda mais complicado. No entanto, tenho de estar forte mentalmente e pensar que o futebol é o momento e os jogadores passam por momentos bons e maus. E estava num momento mau. O que me restava era esforçar-me ao máximo nos treinos e esperar por uma oportunidade. Esperei bastante, um ano, mas, graças a Deus, valeu a pena.
— E como reage agora aos elogios?
— Sou uma pessoa muito calma. Reajo da mesma maneira aos elogios e às críticas. Sou equilibrado.
Lê o resto da entrevista no jornal A Bola.
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