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quarta-feira, 21 de março de 2007

Fábio Coentrão tem raça leonina

Sem papas na língua, Fábio Coentrão, em entrevista a O JOGO, assume com frontalidade e sinceridade o seu sportinguismo. Cobiçado por diversos emblemas, é em Alvalade que o jovem extremo-esquerdo do Rio Ave ambiciona prosseguir a carreira. Se se concretizar a mudança – que a SAD leonina tenta negociar há algum tempo –, Fábio Coentrão realizará um sonho de criança. E já perspectiva uma nova etapa, com “amor à camisola” verde e branca, como nos velhos tempos…

O Sporting foi o primeiro clube a mostrar interesse na sua aquisição, e considera-o uma aposta já para a próxima temporada. Está ciente disso?
É verdade que foi o primeiro emblema a manifestar interesse em mim, mas agora não sei de mais nada. Estou a demonstrar muito: já marquei quatro golos, faço muitas assistências e sofro muitas grandes penalidades. Ou seja, há motivos para repararem em mim. E, embora tenha idade de júnior, já estou a jogar nos seniores!

É um confesso sportinguista. Como surgiu essa paixão?
Quando comecei a ver futebol e a ouvir as pessoas lá em casa a gritar quando viam jogos, teria eu quatro ou cinco anos. Toda a gente torcia pelo Sporting. Gritavam quando o Sporting marcava e só se falava nisso. Comecei a interiorizar isso: Sporting, Sporting, Sporting... Já gostava, mas ainda nem sabia bem o que era aquilo. Depois, comecei a gostar de outra forma, criando um amor muito grande pelo Sporting. E hoje sou leão.

Essa sinceridade pode prejudicá-lo a nível profissional, em termos de construção de carreira?
Sou o que sou e digo as verdades. Se algum dia for para o Benfica, ou para outro clube, não vou dizer que deixei de ser do Sporting. Isso é impossível. Não digo isto por o Sporting andar atrás de mim. Sou mesmo sportinguista desde pequeno e serei para sempre. Se for jogar noutro clube, representarei o emblema com profissionalismo, mas deixar de gostar do Sporting não deixo.

No Sporting, então, jogaria à antiga, com amor à camisola…
Se for para lá, será assim! É sempre melhor jogar no clube de que se gosta. É como no Rio Ave: não jogo só com as minhas qualidades, mas também com a minha raça. Quando se gosta, sente-se de outra forma. É diferente de quem vai apenas por motivos financeiros. Eu, se for para o Sporting, é óbvio que será também por questões económicas, mas, sobretudo, jogarei com amor à camisola. De qualquer forma, um profissional de futebol, quando vai para um clube, começa a gostar dele e só quer ganhar. Acho que já não se deixa de ir para um clube por se ser de outro. Toda a gente joga com amor à camisola, mas de outra forma. Eu vejo, por exemplo, os brasileiros do Rio Ave, que também sentem o clube e também ficam tristes e chateados quando perdem! Quando perco, é claro que fico irritado e com azia. Estou ali 90 minutos a dar tudo, e se, no fim, não serviu de nada, é claro que fico irritado.

1 comentário:

Anónimo disse...

Deixem se de ir buscar Alecsandros,romagnolis, buenos, etc ... e contratem sim jogadores como o coentrao :)